segunda-feira, 25 de junho de 2007

Platão

A Vida e as Obras

Diversamente de Sócrates , que era filho do povo, Platão nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C., de pais aristocráticos e abastados, de antiga e nobre prosápia. Temperamento artístico e dialético - manifestação característica e suma do gênio grego - deu, na mocidade, livre curso ao seu talento poético, que o acompanhou durante a vida toda, manifestando-se na expressão estética de seus escritos; entretanto isto prejudicou sem dúvida a precisão e a ordem do seu pensamento, tanto assim que várias partes de suas obras não têm verdadeira importância e valor filosófico.
Aos vinte anos, Platão travou relação com Sócrates - mais velho do que ele quarenta anos - e gozou por oito anos do ensinamento e da amizade do mestre. Quando discípulo de Sócrates e ainda depois, Platão estudou também os maiores pré-socráticos. Depois da morte do mestre, Platão retirou-se com outros socráticos para junto de Euclides, em Mégara.
Daí deu início a suas viagens, e fez um vasto giro pelo mundo para se instruir (390-388). Visitou o Egito, de que admirou a veneranda antigüidade e estabilidade política; a Itália meridional, onde teve ocasião de travar relações com os pitagóricos (tal contato será fecundo para o desenvolvimento do seu pensamento); a Sicília, onde conheceu Dionísio o Antigo, tirano de Siracusa e travou amizade profunda com Dion, cunhado daquele. Caído, porém, na desgraça do tirano pela sua fraqueza, foi vendido como escravo. Libertado graças a um amigo, voltou a Atenas.
Em Atenas, pelo ano de 387, Platão fundava a sua célebre escola, que, dos jardins de Academo, onde surgiu, tomou o nome famoso de Academia. Adquiriu, perto de Colona, povoado da Ática, uma herdade, onde levantou um templo às Musas, que se tornou propriedade coletiva da escola e foi por ela conservada durante quase um milênio, até o tempo do imperador Justiniano (529 d.C.).
Platão, ao contrário de Sócrates, interessou-se vivamente pela política e pela filosofia política. Foi assim que o filósofo, após a morte de Dionísio o Antigo, voltou duas vezes - em 366 e em 361 - à Dion, esperando poder experimentar o seu ideal político e realizar a sua política utopista. Estas duas viagens políticas a Siracusa, porém, não tiveram melhor êxito do que a precedente: a primeira viagem terminou com desterro de Dion; na segunda, Platão foi preso por Dionísio, e foi libertado por Arquitas e pelos seus amigos, estando, então, Arquistas no governo do poderoso estado de Tarento.
Voltando para Atenas, Platão dedicou-se inteiramente à especulação metafísica, ao ensino filosófico e à redação de suas obras, atividade que não foi interrompida a não ser pela morte. Esta veio operar aquela libertação definitiva do cárcere do corpo, da qual a filosofia - como lemos no Fédon - não é senão uma assídua preparação e realização no tempo. Morreu o grande Platão em 348 ou 347 a.C., com oitenta anos de idade.
Platão é o primeiro filósofo antigo de quem possuímos as obras completas. Dos 35 diálogos, porém, que correm sob o seu nome, muitos são apócrifos, outros de autenticidade duvidosa.
A forma dos escritos platônicos é o diálogo, transição espontânea entre o ensinamento oral e fragmentário de Sócrates e o método estritamente didático de Aristóteles. No fundador da Academia, o mito e a poesia confundem-se muitas vezes com os elementos puramente racionais do sistema. Faltam-lhe ainda o rigor, a precisão, o método, a terminologia científica que tanto caracterizam os escritos do sábio estagirita.
A atividade literária de Platão abrange mais de cinqüenta anos da sua vida: desde a morte de
Sócrates , até a sua morte. A parte mais importante da atividade literária de Platão é representada pelos diálogos - em três grupos principais, segundo certa ordem cronológica, lógica e formal, que representa a evolução do pensamento platônico, do socratismo ao aristotelismo .

Kátia Pecoraro

turma: 1


Informática e Aprendizagem

JONASSEN (1996) classifica a aprendizagem em:
Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento, e o papel do aluno é receber esse conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor;
Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia é objeto de aprendizagem;
Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO);
Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas que o apóiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Nesse caso a questão determinante não é a tecnologia em si mesma, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a sobretudo, como estratégia cognitiva de aprendizagem.
( MARÇAL FLORES - 1996) “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.”
“As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação.” SANTOS VIEIRA
De acordo com LEVY (1994), " novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada.
Para finalizar, BORBA (- 2001) que: “O acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma‘alfabetização tecnológica’ . Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E , nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.”
Os Professores e a Informática
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra! O professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
GOUVÊA “O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas...”
Más, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, devemos segundo FRÓES “mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional.”
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações.
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o processo o pedagógico.

ALINE DUARTE ANTÃO

Turma: 1

Informática e Aprendizagem

JONASSEN (1996) classifica a aprendizagem em:
Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento, e o papel do aluno é receber esse conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor;
Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia é objeto de aprendizagem;
Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO);
Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas que o apóiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (ferramentas cognitivas). Nesse caso a questão determinante não é a tecnologia em si mesma, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a sobretudo, como estratégia cognitiva de aprendizagem.
( MARÇAL FLORES - 1996) “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.”
“As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação.” SANTOS VIEIRA
De acordo com LEVY (1994), " novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada.
Para finalizar, BORBA (- 2001) que: “O acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma‘alfabetização tecnológica’ . Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E , nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.”
Os Professores e a Informática
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra! O professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
GOUVÊA “O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas...”
Más, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, devemos segundo FRÓES “mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional.”
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações.
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o processo o pedagógico.

terça-feira, 19 de junho de 2007

o professor esta sempre errado

Terça-feira, 19 de Junho de 2007

O Professor está sempre errado
O Professor está sempre erradoQuando...É jovem, não te experiência;È velho, está superado.Não tem automóvel, é um coitado;Tem automóvel, chora de "barriga cheia".Fala em voz alta, vive gritando;Fala em tom normal, ninguém escuta.Não falta ao emprego, é um "Caxias";Precisa faltaré um "turista".Conversa com os outros professores;Está malhando os alunos;Não conversa, é u desligado.Dá muita matéria, não tem dó dos alunos;Dá pouca matéria, não prepara os alunos.Brinca com os alunos,é metido a engraçado;Não brinca com a turma é um chato.Exige, é rude. Elogia, é debochado.O aluno é aprovado, "deu mole".É o professor que est´´a sempre errado, mas,Se vo^cê conseguir ler até aqui, agradeça a ele.
Postado por tissa às 08:23 0 comentários
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2007 (1)
June (1)
O Professor está sempre errado

Quem sou eu
tissa
trabalho e curso o terceiro ano de pedagogia.sou muito bem casada e adoro fazer amizades. Visualizar meu perfil completo

O professor esta sempre errado

Terça-feira, 19 de Junho de 2007

O Professor está sempre errado
O Professor está sempre erradoQuando...É jovem, não te experiência;È velho, está superado.Não tem automóvel, é um coitado;Tem automóvel, chora de "barriga cheia".Fala em voz alta, vive gritando;Fala em tom normal, ninguém escuta.Não falta ao emprego, é um "Caxias";Precisa faltaré um "turista".Conversa com os outros professores;Está malhando os alunos;Não conversa, é u desligado.Dá muita matéria, não tem dó dos alunos;Dá pouca matéria, não prepara os alunos.Brinca com os alunos,é metido a engraçado;Não brinca com a turma é um chato.Exige, é rude. Elogia, é debochado.O aluno é aprovado, "deu mole".É o professor que est´´a sempre errado, mas,Se vo^cê conseguir ler até aqui, agradeça a ele.
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domingo, 17 de junho de 2007

Brincadeiras não tem sexo

Postado pela aluna do 3º ano de pedagogia:
Patrícia Bazoti Pedro

Oferecer às crianças oportunidade de viver
diferentes papéis contribui para a construção
da identidade, tema a ser trabalhado no dia-a-dia
e não necessariamente em um projeto específico
Que professor de Educação Infantil nunca deparou com meninas que gostam de jogar futebol e
meninos que preferem uma boneca a um carrinho? A situação pode ser comum, mas a atitude tomada pelos educadores diante dela varia bastante.
Para muita gente, as crianças que aparecem nas fotos à direita não estão cumprindo bem o papel definido pela sociedade para o sexo feminino e o masculino.Helena Gasnoch, 4 anos, a graciosa bailarina, não foi repreendida pelos professores com frases do tipo “mais modos, menina!”
e “princezinhas não jogam bola”.
Nem o Super-Homem Lucas Abrão Martins, também de 4 anos, ouviu que “casinha é coisa de menina”. Na Escola Trilhas, em Curitiba, onde estudam, os brinquedos, os cantinhos
e as atividades não são classificados por sexo e representar livremente a realidade é um direito.
São os adultos que esperam de meninos e meninas comportamentos específicos. Os pequenos não estão nem um pouco preocupados com as regraspecíficos. Os pequenos não estão nem
um pouco preocupados com as regras que definem papéis diferentes para eles ou elas. O que querem é se divertir! Por sinal, até os 3 anos, em média, as crianças não encaram as características
biológicas como diferenças. Mas, se repreendidas ou ridicularizadas quando não fazem as escolhas
consideradas corretas, aprendem, além de homens e mulheres não serem iguais, que existe um modelo de masculinidade e feminilidade e uma relação de poder entre eles. E ai de quem ousar romper com valores construídos há séculos! Trabalhar esses padrões e expectativas é função do professor porque disso depende também a construção da identidade dos pequenos. Essa tarefa
se cumpre nas relações do dia-adia e não por meio de um projeto esporádico ou de uma seqüência didática.“
A formação da identidade passa pela descoberta do próprio corpo, de sua importancia no mundo e da individualidade, mas também pela observação de atitudes, costumes, referências e exigências em casa e na escola”, diz a coordenadora pedagógica Silvana Augusto, de São Paulo.
Como na vida real
O maior medo dos pais que vêem seus garotos brincando de casinha é de que eles se tornem homossexuais.
Esse é o principal argumento dos que se indignam e defendem a intervenção, rápida e firme, da escola nessa situação. “Há professores que não questionam os modelos sociais e acabam
interferindo nas atividades consideradas inadequadas para atender às famílias. Esse comportamento é resultado de sua própria vivência em casa”, explica Ana Maria Niemeyer, da Universidade de Campinas (Unicamp). É realmente difícil romper com padrões tão enraizados, mas essa
postura é ultrapassada.Pessoas que estudam, lêem e se atualizam sabem que a sociedade está mudando, as- pecíficos. Os pequenos não estão nem um pouco preocupados com as regras
que definem papéis diferentes para eles ou elas. O que querem é se divertir! Por sinal, até os 3 anos, em média, as crianças não encaram as características biológicas como diferenças.
Mas, se repreendidas ou ridicularizadas quando não fazem as escolhas consideradas corretas, aprendem, além de homens e mulheres não serem iguais, que existe um modelo de masculinidade e feminilidade e uma relação de poder entre eles. E ai de quem ousar romper com valores
construídos há séculos!
Asim como os papéis do homem e da mulher. “Discutir as relações de gênero é, antes de tudo, atribuir novos significados à nossa própria história e cultura”, explica Daniela Finco, pesquisadora
do Grupo de Estudos de Educação Infantil da Unicamp.
A brincadeira é uma representação da vida. Por meio dela, as crianças dão sentido às experiências por que passam e reproduzem sua relação com as pessoas ao redor. Impedir que meninos ninem uma boneca, por exemplo, é uma das piores formas de censura. Os garotos têm visto pais, tios e amigos de família dividindo os cuidados dos filhos com as mulheres. Ao reproduzirem esse novo modelo de masculinidade, no entanto, são rotulados de anormais.
“Há muitos estudos sobre a discriminação contra a mulher, mas só recentemente começamos a discutir o preconceito contra os homens”, afirma a socióloga Rosemeire dos Santos Brito, de São Paulo. Ela estudou por que os meninos são as principais vítimas do fracasso escolar no
Ensino Fundamental. Um dos motivos, de acordo com a pesquisa, seria o preconceito dos professores, que acreditam em um único modelo masculino nas classes sociais populares:
o do machão, que não valoriza os estudos, atormenta as meninas e vive competindo e lutando com outros garotos.“Apesar de condenar esse comportamento, a escola ajuda a construí-lo quando reafirma a divisão entre os sexos e encara isso como natural ou sem solução”, diz Rosemeire.
O exemplo mostra preconceito sexual e social. Segundo a pesquisadora, em escolas onde estudam
os filhos das classes privilegiadas, os meninos que gostam de ler, estudar e cuidar com zelo dos cadernos são valorizados, diferentemente do que acontece na periferia. O professor recrimina
o modelo de machão, que não gosta da escola e das meninas, mas é o primeiro a questionar a sexualidade do aluno quando ele se mostra diferente desse padrão.
As meninas também se transformam em vítimas quando são tratadas como inferiores aos meninos e,
pior, quando são convencidas de que isso é verdade por questões biológicas.
Elas não podem falar alto, são estimuladas a serem educadas,meigas e emocionais.Além disso, aprendem que as tarefas domésticas serão suas incumbências no futuro. É como se não houvesse outra possibilidade de vida além de ser mãe e esposa.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Dislexia

Postada pela aluna Érika Gonçalves dos Santos Alves
3º ano de Pedagogia - Turma 01
DEFINIÇÕES:
DIS – distúrbio
LEXIA - (do latim) leitura; (do grego) linguagem
DISLEXIA - dificuldades na leitura e escrita
A definição mais usada na atualidade é a do Comitê de Abril de 1994, da International
Dyslexia Association - IDA, que diz:
"Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico da
linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras
simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar
palavras simples não são esperadas em relação a idade. Apesar de submetida a instrução
convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios
cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A
dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem,
freqüentemente incluídas problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar."
A dislexia não é uma doença, portanto não podemos falar em cura. Ela é congênita e
hereditária, e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola.
Os sintomas, ainda, podem ser aliviados, contornados, com acompanhamento adequado,
direcionado às condições de cada caso.
Não podemos considerar como 'comprometimento' sua origem constitucional (neurológica),
mas sim como uma diferença, que é mais notada em relação a dominância cerebral.
· "A DISLEXIA é uma dificuldade de aprendizagem na qual a capacidade de uma criança
para ler ou escrever está abaixo de seu nível de inteligência."
· "A DISLEXIA é uma função, um problema, um transtorno, uma deficiência, um distúrbio.
Refere a uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem."
· "A DISLEXIA é um transtorno, uma perturbação, uma dificuldade estável, isto é
duradoura ou parcial e, portanto, temporária, do processo de leitura que se manifesta na
insuficiência para assimilar os símbolos gráficos da linguagem.”
Marina S. Rodrigues Almeida 2
· "A DISLEXIA não é uma doença, é um distúrbio de aprendizagem congênito que interfere
de forma significativa na integração dos símbolos lingüísticos e perceptivos. Acomete
mais o sexo masculino que o feminino, numa proporção de 3 para 1."
· "A DISLEXIA é caracterizada por dificuldades na leitura, escrita (ortografia e
semântica), matemática (geometria, cálculo), atraso na aquisição da linguagem,
comprometimento da discriminação visual e auditiva e da memória seqüencial .”
ETIOLOGIA
A rigor, não há nenhuma segurança em afirmar uma ou outra etiologia para a causa da
dislexia, mas há algumas situações que foram descartadas:
Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual. Segundo a Teoria das
Inteligências Múltiplas, o ser humano possui habilidades cognitivas: inteligência interpessoal,
inteligência intrapessoal, inteligência lógica-matemática, inteligência espacial, inteligência corporalcinestésica,
inteligência verbal-linguística, inteligência musical, naturalista, existencial e pictórica. O
disléxico teria sua inteligência mais predisposta à inteligência corporal-cinestésica, musical, espacial.
Quanto ao emocional, é preciso avaliar muito bem. Pode haver um comprometimento do
emocional como conseqüência das dificuldades da dislexia, mas nunca como causa única.
A criança disléxica não tem perda auditiva.
Há vários estudos :
A) Uma falha no sistema nervoso central em sua habilidade para organizar os grafemas, isto é, as
letras ou decodificar os fonemas, ou seja, as unidades sonoras distintivas no âmbito da palavra.
B) O impedimento cerebral relacionado com a capacidade de visualização das palavras.
C) Diferenças entre os hemisférios e alteração (displasias e ectopias) do lado direito do cérebro. Isso
implica, entre outras coisas, uma dominância da lateralidade invertida ou indefinida. Mas também
justifica o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio
mais holístico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério
direito.
D) Inadequado processamento auditivo (consciência fonológica) da informação lingüística.
E) Implicações relação afetiva materno-filial, o que pode entravar a necessidade da linguagem, e
mais tarde a aprendizagem da leitura e escrita.
SINAIS ENCONTRADOS EM DISLÉXICOS
Desde a pré-escola alguns sinais e sintomas podem oferecer pistas que a criança é disléxica.
Eles não são suficientes para se fechar um diagnóstico, mas vale prestar atenção:
Marina S. Rodrigues Almeida 3
Fraco desenvolvimento da atenção.
Falta de capacidade para brincar com outras crianças.
Atraso no desenvolvimento da fala e escrita.
Atraso no desenvolvimento visual.
Falta de coordenação motora.
Dificuldade em aprender rimas/canções.
Falta de interesse em livros impressos.
Dificuldade em acompanhar histórias.
Dificuldade com a memória imediata organização geral.
DIFICULDADES ENCONTRADAS EM CRIANÇAS COM DISLEXIA
Dificuldade para ler orações e palavras simples.
A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade evidente nos
disléxicos.
As crianças ou adultos disléxicos invertem as palavras de maneira total ou parcial, por
exemplo “casa” é lida “saca”. Uma coisa é uma brincadeira ou um jogo de palavras,
observando a produtividade morfológica ou sintagmática dos léxicos de uma língua, uma
outra coisa é, sem intencionalidade, a criança ou adulto trocar a seqüência de grafemas.
Invertem as letras ou números, por exemplo: /p/ por /b/, /d/ por/ b /3/ por /5/ ou /8/, /6/ por
/9/ especialmente quando na escrita minúscula ou em textos manuscritos escolares. Assim, é
patente a confusão de letras de simetria oposta.
A ortografia é alterada, podendo estar ligada a chamada CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
(alterações no processamento auditivo).
Copiam de forma errada as palavras, mesmo observando na lousa ou no livro como são
escritas. Em geral, as professoras ficam desesperadas: " como podem - pensam e reclamam -
ela está vendo a forma correta e escreve exatamente o contrário?". Ora, o processamento da
informação léxica, que é de ordem cerebral, está invertida ou simplesmente deficiente.
As crianças disléxicas conhecem o texto ou a escrita, mas usam outras palavras, de maneira
involuntária. Trocam as palavras quando lêem ou escrevem, por exemplo:“gato” por “casa”.
Têm as crianças disléxicas dificuldades em distinguir a esquerda e a direita.
Alteração na seqüência das letras que formam as sílabas e as palavras.
Confusão de palavras parecidas ou opostas em seu significado. Os homônimos, isto é,
palavras semelhantes (seção, cessão e seção) são uma dificuldade nas crianças disléxicas.
Os erros na separação das palavras.
Marina S. Rodrigues Almeida 4
Os disléxicos sofrem com a falta de rapidez ao ler. A leitura é sem modulação e sem ritmo.
Os disléxicos, às vezes, com muito sacrifício, decodificam as palavras, mas não conseguem
ter compreensão.
Os disléxicos têm falha na construção gramatical, especialmente na elaboração de orações
complexas (coordenadas e subordinadas) na hora da redação espontânea.
TIPOS DE DISLEXIA
DISLEXIA ACÚSTICA: manifesta-se na insuficiência para a diferenciação acústica (sonora
ou fonética) dos fonemas e na análise e síntese dos mesmos, ocorrendo omissões, distorções,
transposições ou substituições de fonemas. Confundem-se os fonemas por sua semelhança
Articulatória.
DISLEXIA VISUAL: Ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-especial
manifestando-se na confusão de letras com semelhança gráfica. Não temos dúvida que o
primeiro procedimento dos pais e educadores é levar a criança a um médico oftalmologista.
DISLEXIA MOTRIZ: evidencia-se na dificuldade para o movimento ocular. Há uma nítida
limitação do campo visual que provoca retrocessos e principalmente intervalos mudos ao ler.
LEMBRE-SE EM OBSERVAR
Alterações de grafia como "a-o", "e-d", "h-n" e "e-d", por exemplo.
As crianças disléxicas apresentam uma caligrafia muito defeituosa, verificando-se
irregularidade do desenho das letras, denotando, assim, perda de concentração e de fluidez de
raciocínio.
As crianças disléxicas, ainda segundo o professor, apresentam confusão com letras com
grafia similar, mas com diferente orientação no espaço como " b-d". "d-p", "b-q", "d-b", "dp",
"d-q", "n-u" e "a-e". Ocorre também com os números 6;9;1;7;3;5, etc.
Apresenta dificuldade em realizar cálculos por se atrapalhar com a grafia numérica ou não
compreende a situação problema a ser resolvida.
Confusões com os sinais (+) adição e (x) multiplicação.
A dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos
sons são acusticamente próximos: "d-t" e "c-q", por exemplo.
Na lista de dificuldades dos disléxicos, para o diagnóstico precoce dos distúrbios de letras,
chamamos a atenção de educadores, e pais para as inversões de sílabas ou palavras como
"sol-los", "som-mos" bem como a adição ou omissão de sons como "casa-casaco", repetição
de sílabas, salto de linhas e soletração defeituosa de palavras.
Marina S. Rodrigues Almeida 5
ALFABETIZAÇÃO DO DISLÉXICO
O disléxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente, atentar aos movimentos da mão
quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Assim sendo, a criança
disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos
FALAR-OUVIR-LER-ESCREVER, são atividades da linguagem. FALAR E OUVIR, são
atividades com fundamentos biológicos.
O método mais adequado tem sido o fonético e montagem de ”manuais” de alfabetização
apropriada a criança disléxica.
A criança aprende a usar a linguagem falada mas isto depende do:
meio ambiente compreensivo, estimulador e paciente.
trato vocal.
organização do cérebro.
sensibilidade perceptual para falar os sons.
O sucesso na reeducação de um disléxico está baseado numa terapia multisensorial
(aprender pelo uso de todos os sentidos), combinando sempre a visão, a audição e o tato para
ajudá-lo a ler e soletrar corretamente as palavras.
ESTRATÉGIAS QUE AJUDAM
Uso frequente de material concreto:
Relógio digital.
Calculadora.
Gravador.
Confecção do próprio material para alfabetização, como desenhar, montar uma cartilha.
Uso de gravuras, fotografias.(a imagem é essencial para sua aprendizagem).
Material Curisineire / Material Dourado.
Folhas quadriculadas para matemática.
Máscara para leitura de texto.
Letras com várias texturas.
Evitar dizer que ela é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da classe .
Ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo em fazêlo.
Suas habilidades devem ser julgadas mais em sua respostas orais do que nas escritas.
Marina S. Rodrigues Almeida 6
Sempre que possível , a criança deve ser encorajada a repetir o que foi lhe dito para fazer, isto
inclui mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória.
Revisões devem ser freqüentes e importantes
Copiar do quadro é sempre um problema, tente evitar isso, ou dê-lhe mais tempo para fazê-lo.
Demonstre paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo, principalmente quando
você estiver ensinando a alunos que possam ser considerados disléxicos.
Ensine-a quando for ler palavras longas, a separá-las com uma linha a lápis.
Dê-lhes menos dever de casa e avalie a necessidade e aproveitamento desta tarefa
Não risque de vermelho seus erros ou coloque lembretes tipo: estude! precisa estudar mais!
precisa melhorar !
Procure não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso a humilha e a faz infeliz.
Não a force a modificar sua escrita, ela sempre acha sua letra horrível e não gosta de vê-la no
papel. A modulação da caligrafia é um processo longo.
Procure não reforçar sentimentos que minimizam sua auto-estima.
Dê-lhes um tempo maior para realizar as avaliações escritas. Uma tarefa em que a criança
não-disléxica leva 20 minutos para realizar, a disléxica pode levar duas horas.
Usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e principalmente nas
escritas.
Uma língua estrangeira é muito difícil para eles, faça suas avaliações sempre em termos de
trabalhos e pesquisas.
ORIENTAÇÃO AOS PAIS
A coisa mais importante a fazer: AJUDAR A MELHORAR A AUTO ESTIMA. Ofereça
segurança, carinho, compreensão e elogie seus pequenos acertos.
Procurar ajuda profissional para realizar um diagnóstico correto: Fonoaudiólogo,
Psicólogo, Neurologista ou Psicopedagogo.
Explique que suas dificuldades têm um nome: DISLEXIA e que você vai ajudá-lo a superálas,
mas que ele é o principal agente desta mudança.
Encoraje-o e encontre coisas em que se saia bem, estimulando-o nessas coisas.
Elogie por seus esforços, lembre-se como ele tem de esforçar-se muito para ter algum sucesso
na leitura e na escrita.
Ajude-o nos seus trabalhos escolares, ou, em algumas lições em especial, com paciência (mas
não escreva para ele, ou resolva suas tarefas de matemática).
Ajude-o a ser organizado.
Encoraje-o a ter hobbies e atividades fora da escola, como esportes, musica, fotografia,
desenhos, etc.
Marina S. Rodrigues Almeida 7
Observe se ele está recebendo ajuda na escola, porque isso faz muita diferença na habilidade
dele de enfrentar suas dificuldades, de prosperar e de crescer normalmente.
Não permita que os problemas escolares impliquem em mau comportamento ou falta de
limites. Uma coisa nada tem a ver com a outra!
BIBLIOGRAFIA
DISLEXIA EM QUESTÃO
J. AJURIAGUERRA
ED. ARTES MÉDICAS
DISLEXIA-MANUAL DE LEITURA CORRETIVA
MABEL CONDEMARIN
ED. ARTES MÉDICAS
Associação Brasileira de Dislexia – SP telefone: (011) 258-7568
Associação Nacional de Dislexia – RJ telefone (021) 529-2461
SITE : http://www.dislexia.org.br/